quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Esqueci o nome da História parte II - agora sim: Toph e o Menino da Areia

Os personagens aqui descritos fazem parte de três universos diferentes, o primeiro da série de mangás/animê Naruto que pertence ao tio Masashi Kishimoto e não a mim (infelizmente), o segundo é a Toph descaradamente retirada do desenho animado AVATAR -  o Último dobrador de ar co-criada e produzida por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko na Nickelodeon Animation Studios, e por último e não menos importante, o personagem Nekomaru criado por Yago Rigorini (nosso mestre de RPG) e por euzinha ^.^ . Divirtam-se


[...]

Não demorou muito até que Nekomaru tivesse localizado e eliminado os outros dois assassinos.
- Ele pode ser um completo idiota, mas sabe fazer bem o trabalho... – disse Toph ao Kazekage.
- Ele me lembra o Naruto – disse Gaara em voz baixa.- Espalhafatoso.
- Hahahahahah – riu a menina.
Por alguns segundos o ruivo observou o riso de Toph. Ele achou engraçado o modo como aquele sorriso poderia ser tão bonitinho e ao mesmo tempo sarcástico... sentiu um aperto no peito o qual nunca havia sentido antes.
- Acho que nosso trabalho está terminado Ruivokage, até mais ver... – interrompeu Nekomaru. – Aliás, puta merda que cidade quente...
- BAKA! – gritou Toph dando um tapa no braço do rapaz – Olha como fala!
- Vocês poderiam ficar até o fim do festival? – perguntou Gaara
- Nem sonhando... esse lugar é quente demais e já terminamos o trabalho que, por sinal, Vossa Majestade Meritíssima poderia ter resolvido sozinho! – rebateu Nekomaru. – Tá bom assim pra você? – olhou para Toph esperando que ela percebesse o exagero de pronomes dirigidos ao Kazekage.
- Nekomaru... vai se ferrar! Se quiser voltar some daqui. – disse Toph sem paciência.
- Blagh... anãzinha bombada, fica aê com seu namoradinho isso só vai custar mais para ele mesmo... – resmungou
- Não importa, eu pago pelo serviço de vocês. – respondeu Gaara
- Ótimo, agora Konoha também exporta serviços de prostitutas, pode ficar Toph ele paga... – disse Nekomaru que não notou a rapidez com que foi pressionado na parede por quilos de areia.
Gaara se aproximou dele com muita raiva e apontou o dedo no meio do nariz do Gato.
- Não vou aturar brincadeiras como esta principalmente denegrindo a imagem de sua própria companheira de time. – ele pressionou mais a areia fazendo o rapaz gemer de dor – Não se esqueça de que eu NÃO sou o líder de aldeia conhecido pela benevolência e tolerância, e simplesmente vou esquecer sua presença aqui hoje... pegue seu pagamento e volte para o seu ínfimo lugar em Konoha.
Após ser solto do caixão de areia, Nekomaru arrumou a roupa ainda com um pouco de areia grudada, ajeitou a bengala, caminhou até Gaara e disse:
- Eu sabia que você poderia ter feito isso sozinho... por que nos chamou aqui?
- Meus propósitos não cabem a alguém como você. – disse Gaara em um tom sério.
- Hahahahahah, você é um cara maneiro, eu sei muito bem que você já viu a anãzinha em Konoha, só não esperava o Gatão aqui acompanhando-a... ha ha ha... fica sussa, tô caindo fora... – após isso o gato sumiu em fumaça, deixando o Kazekage com as bochechas levemente vermelhas.
- Me... me desculpe por esse baka... – disse Toph também envergonhada.
Os dois ficaram ali, parados por um tempo até o silêncio ser quebrado pelo Kankurou entrando enquanto falava:
- Otouto os relatórios das missões nas dunas vermelhas serão entregues... ops!
Os dois ninjas continuavam na mesma posição mesmo com o outro rapaz ali parado na porta.
- Er... otouto... – disse Kankurou meio sem graça.
- Oi nii-san... – respondeu Gaara ainda com a atenção voltada a Kunoichi.
- Eu volto mais tarde... – falou o ninja fechando a porta.
O silêncio constrangedor voltou a reinar pela sala... ambos ainda podiam ouvir os comentários sarcásticos do Gato ecoando em seus ouvidos.
- Você nos chamou aqui... – Toph não sabia como tocar no assunto – Por minha causa?
- Não tem como mentir para você não é mesmo? – perguntou Gaara
- Geralmente as pessoas ignoram a garota cega... – comentou Toph – E geralmente, não é por mim que elas se... – esta última frase parecia entalada na garganta – ...se interessam.
O ruivo sentiu seu rosto queimando de vergonha, olhou para baixo e deu um suspiro:
- Nem por mim... – disse fechando os olhos. – Me desculpe a falta de jeito... eu não queria ofendê-la e se quiser pode ir também. Mil desculpas eu não pretendia ser...
- Gaara-san... – chamou a menina
- Hum?
O Kazekage não teve tempo para reagir, pois em menos de um segundo os lábios da kunoichi estavam colados aos seus. Um arrepio terrível passou por sua espinha e seus braços como em uma reação de instinto envolveram a cintura da ninja.
Nenhum dos dois, mais tarde, souberam ao certo descrever quanto tempo se passou até que a porta foi novamente aberta:
- Ahá! Eu sabia! Kazekague filho da put@, desperdiçando serviços ninja pra namorar! UAUHAUAUH – disse a plenos pulmões Nekomaru.
Não se sabe também o que teria acontecido se aquele Nekomaru não fosse um Kage Bunshin no Jutso que explodiu assim que ficou preso em mais alguns quilos de areia.
- Eu ODEIO esse cara! – gritava Gaara enquanto descia as escadas, mas sua descida foi interrompida pela mão quente de Toph segurando seu ombro.
- Deixa esse Gato maldito, ele vai ter o que é dele. Vem e me mostra o festival. – disse a garota segurando na mão dele, fazendo-o corar novamente. “Kami-sama como ela é linda” pensava o ruivo com o coração querendo explodir.

(continua...)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FAMÍLIA

Essa história Kawaii foi feita pela minha sobrinha e ficou tão legal que resolvi postar aqui, trata-se da personagem dela de RPG chamada Mitsuki e o Personagem "Kabuto" da série Naruto (que não nos pertence e não visa lucro algum ^.^)


"Snow Kiss"

Era uma fria noite de inverno... e lá estava eu sentada naquele barranco com vista para o pequeno lago de que sempre gostei tanto...
De repente quando dei por mim não estava mais sozinha, ele tinha se aproximado de mim com aqueles olhos negros penetrantes e aqueles oculos que naquele momento refletia a luz da lua:
- Olha mimi-chan só tinha de morango... chegamos tarde para querer variedade- disse ele chegando com dois sorvetes na mão
- Tudo bem gaki-chan... morango é meu sabor favorito - eu lhe disse isso enquanto beijei se rosto e peguei um dos sorvetes
Sentei-me ao chão novamente e comecei a pensar como seria minha vida se tudo aquilo acabasse... os treinos, as brincaderias, e a nossa pequena familia estranha. Não gosto de imaginar essa hipotese... ela torna o mais doce sorvete em algo amargo...
Enquanto pensava ele me abraçou e disse:
- Vc esta muito fria, tem de ir para um lugar mais quente... ou vai se resfriar
Nossa como é chato estar com um médico tão experiente ao teu lado num dia em que vc sabe que ficará doente...e ele também sabe
Sabendo como sou teimosa, e sabendo que não sairia dali... só percebi quando ele me envolvei com casaco e me abraçou susurrando:
- Nós não deveriamos estar aqui... esta frio, estamos tomando sorvete a céu aberto, no vento gela...
O interrompi com um beijo antes que ele terminasse sua frase... não sei o que ele pensou mas parecia ter ficado surpreso com minha reação ao seu sermão... não era a primeira vez que estavamos ali, juntos... mas daquela vez foi diferente... estava frio e o unico local quente proximo de mim eram seus grandes braços que me seguravam como fossem uma proteção que me mantia longe da friagem
Percebi ligeiramente que o frio estava piorando mas ignorei... até a hora que ele me disse:
-Está nevando...
-Que lindo... Amo frio.. *-*
-Eu também gosto bastante ...
Ficamos ali por mais algum tempo até a hora em que cedi ao frio e ao pedido de irmos para casa... para nossa querida casa quentinha e confortavel... antes de irmos ele me beijou novamente e disse:
-Isso é pra vc lembrar sempre dos nossos beijos de neve...
-Snow kiss ♥ -  eu disse querendo que aquele momento nunca acabasse

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Baka

Lá vamos nós e mais uma narrativa... os personagens do mangá/animê "Naruto" pertencem a Masashi Kishimoto - com excessão de Keigo e Imoto que são criações a parte inseridas na história - e não visam lucro nenhum a não ser a diversão alheia:

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O sol nem havia surgido no horizonte e os pássaros ainda dormiam em seus ninhos quando a vila de Konoha começou a se agitar. Era a preparação do festival Hanami que aqui nesta vila costuma durar o dia todo. As cerejeiras estavam carregas de flores, pareciam que elas sabiam sobre o festival e se exibiam para todos.
Eu odeio flores.
Todo começo de primavera era a mesma coisa, o pólen liberado por essas coisinhas coloridas tinha o poder de acabar com meu raro bom humor.
Finalmente depois de meses eu teria um dia de descanso, ninguém disse que ser ninja seria fácil ainda mais com a reputação de meu clã, mas ter um tempo para treinar é sempre bem vindo... Sasuke havia saído com nossa mãe para visitar o centro da cidade e eu usei minha alergia como desculpa para não ir ver aquele inferno florido.
Eu não tinha muito o que fazer além de treinar sozinho, já que Keygo também estava ajudando no festival e para não dar na cara de que ele treinava comigo resolvi liberar o moleque.

Após horas de um rigoroso treinamento aos pés de uma montanha rochosa longe do pólen assassino, a fome apertou e resolvi fazer uma pausa. Na verdade embora eu tivesse trazido meu almoço, parei por alguns segundos observando o caminho o qual ela fazia toda vez que Keygo treinava comigo. Sempre sorrindo Imoto costuma descobrir onde treinávamos – como ela fazia isso eu não sei- e nos trazia o que comer. Eu sempre reclamava que ela atrapalhava o treinamento, mas ela não se alterava nem mesmo com a minha cara de autoridade mais perversa. Sempre deixava um embrulhinho pro Keygo e um para mim. “... a comida dela era horrível...
Pare de pensar bobagens, você não tem tempo para isto”- pensei ralhando comigo mesmo, tentando afogar qualquer coisa que tivesse se manifestando dentro de mim. “Hora de voltar pro trabalho pesado” deixei o que sobrou do almoço e voltei minha atenção para meus exercícios, mas logo em seguida, ao tentar esvaziar minha mente uma lembrança veio à tona:
Você estragou meu desenho” – ela gritou certa vez enfiando o dedo na minha cara sem medo de mim ou do que meu clã representava.
Garota idiota, estúpida e arrogante”- refleti.
- AAAAAAAAGH! – esbravejei em voz alta por não conseguir limpar esses pensamentos inúteis da minha mente. Fechei os olhos e tentei abri-los bem devagar com o intuito de voltar a me concentrar... mas meus olhos estavam interessados em conferir se ela não estava ali.
Ao virar a cabeça pensei “Não pode ser...”

- Keygo disse que talvez estivesse aqui - disse ela com o mesmo sorriso de sempre. – E vejo que hoje trouxe seu próprio lanche.
- Eu SEMPRE trago minha comida. – respondi tentando ser frio e esconder meu rosto ardendo de vergonha.
- Parece que não estava muito bom...
- É, tem o mesmo gosto da sua comida. – respondi tentando acabar com seu bom humor e fazer com que ela fosse embora.
Para minha surpresa ela deu um sorriso ainda maior e respondeu sem se alterar:
- Ainda bem que eu trouxe as coisas deliciosas que estão vendendo lá no festival.
Imoto caminhou até onde eu estava sentado, colocou um embrulho do meu lado e falou com a voz suave:
- Obrigada por enfiar algum juízo na cabeça do meu irmão. Ele te admira muito.
Essa frase me irritou, “Keygo me admira muito? Não quero saber dele”... segurei no braço dela:

- Mas e você? – não acreditei quando isso saiu da minha boca. Acho que meu rosto ficou vermelho novamente.
Ela sorriu, puxou o braço, chegou bem perto de meu rosto ainda mais vermelho e respondeu com a voz baixa:
- Pra mim você continua sendo um idiota.

Idiota? I D I O T A??? com quem ela pensa que está falando?????

Dito isso, Imoto deu-me as costas e seguiu tranquilamente pelo caminho o qual viera, deixando para trás uma estátua de Itachi, pasmo, indignado e com um aperto no peito mais dolorido do que qualquer machucado.

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O sol se punha em um tom laranja atrás da montanha dos Hokages e eu, cansado do dia todo de treino, sentei em baixo de uma árvore a fim de observar de longe a queima de fogos do festival Hanami.
- Então... Você ainda está aí. – disse a voz insolente que eu já conhecia.
Levantei rapidamente para que ela não me visse descansando, contudo ao levantar a cabeça percebi que ela vestia um kimono cor de rosa claro de um tecido delicado e com pequenos pássaros estampados. O cabelo liso e preto a deixava ainda mais pálida. Uma flor vermelha enorme cujo nome eu jamais vou saber repousava sobre sua orelha direita. Fiquei sem palavras.
- Não vai participar do festival? – Imoto perguntou.
- Não tenho tempo para essas bobagens. – respondi imediatamente antes que eu mesmo disse alguma besteira.
Ela chegou ainda mais perto de mim.
- Até quando você vai fingir que não gosta de mim? – ela disse olhando em direção à Konoha.
Relutei em dizer alguma coisa mais meu coração se contorceu como se alguém o apertasse. “Não diga nada” eu repetia em pensamento.
Como não obteve resposta ela me olhou carinhosamente esboçou um sorriso e virou seu corpo em direção à trilha que a levaria de volta para Konoha. Ao passar por mim, meu corpo, meus pensamentos e meu instinto aceleraram minhas decisões e, num ato involuntário segurei-a pela cintura, apertei seu corpo contra o meu, e ao sentir que ela iria abrir a boca para resmungar pressionei meus lábios contra os dela afim de fazê-la calar a boca, quanta tolice a minha, aquilo não era uma tentativa de fazê-la calar a boca... era um beijo. Não houve resistência da parte dela, suas pequenas mãos tocaram a minha nuca.
Eu podia ouvir a queima de fogos ao longe e quando o beijo terminou nossos rostos continuaram recostados um no outro.
- Imoto eu gosto de você.
Ela pressionou minha nuca para baixo fazendo com que nossos lábios de encostassem novamente em um beijo mais tranqüilo, quando terminou ela me abraçou e disse próximo ao meu ouvido com seu hálito quente:

- Também gosto de você Itachi, seu idiota...

Inu Kurai - parte II - O punhal da fênix

Foram três dias de viagem até que, finalmente, Ansur e seu cavalo Igor se depararam com o imenso templo de Lenan logo acima do monte místico, encravado no meio das pedras negras e pontiagudas.
Por que chamam este templo de secreto? Para mim ele parece bem visível” pensou o cavaleiro enquanto descia do cavalo e observava a íngreme trilha até os portões do templo. Quando começou a subir, Ansur descobriu a resposta para sua pergunta irônica, as quatro estátuas da Deusa Lenan que cercavam o templo estavam completamente destruídas. “Elas deveriam deixar a entrada do oráculo invisível” concluiu o rapaz. Ao entrar naquele lugar misterioso ele observou que os ornamentos e muitos objetos estavam ausentes, deduziu então que saqueadores poderiam ter passado por ali. Seu coração se aliviou ao perceber que não havia corpos nem marcas de algum combate. “Pelo menos o oráculo deve ter previsto a invasão e fugiu com seus seguidores”. Após pensar nisto, virou-se para seguir o caminho de volta, foi quando percebeu um homem caído no chão. Ansur aproximou-se com cautela, o silêncio daquele lugar fazia ressoar os estalos de suas vestimentas. O homem caído no chão usava uma armadura diferente das que ele estava acostumado a ver, percebeu também que o homem tinha os olhos puxados e a pele incrivelmente pálida como a neve, “Deve estar morto a algum tempo” pensou Ansur, enfiado no peito do cadáver estava um punhal cujo cabo exibia uma fênix idêntica àquela que a rainha lhe dera. O cavaleiro da armadura prateada sentiu um impulso irresistível de arrancar o punhal do morto, e assim o fez. Quando a lâmina deixou a ferida do falecido este deu um sobressalto de dor, aspirando o ar rapidamente como se tivesse voltado à vida.
-         Pelos deuses do Norte! – exclamou Ansur – Você está vivo homem!!!
O rapaz ferido apertou suas mãos contra o peito e seu rosto se contorceu em grande agonia, ele moveu o corpo todo tentando levantar-se.
- Isso não é uma boa idéia – disse Ansur se recobrando do susto e tentando imobilizá-lo no chão. – Consegue me dizer seu nome? Entende o que estou falando?
- Inu... Inu... nome... – respondeu com dificuldade o rapaz no chão.
Ansur puxou uma sacola que carregava no cinto, dentro dela havia um frasco com um remédio gosmento e de cor verde escuro, após aplicar no ferimento de Inu o cavaleiro disse:
-         Temos que partir, se formos imediatamente talvez consigamos ajuda na cidade mais próxima. Não sei o que lhe fizeram, mas pelo estado horrível em que você estava isso é magia negra das mais poderosas. Preciso levá-lo até Calabar, nosso curandeiro, ele poderá ajudar.
Ansur acomodou Inu no cavalo e correram até um pequeno vilarejo aos pés de uma montanha, próximo ao portão dois soldados da Irmandade Branca faziam a guarda noturna. Ansur reconheceu o emblema especial dos treinadores de grifos estampados do lado direito da farda dos soldados.
- Irmãos de Paralta, peço-lhes ajuda encontrei um dos nossos tombado em combate, ele precisa de cuidados especiais, pois magia negra tocou seu corpo.
Os soldados se aproximaram e viram no peito do cavaleiro o medalhão da guarda real, espantado, um deles disse:
-         Venha comigo, você precisará de uma montaria mais rápida.
Ansur encostou Inu próximo ao portão e correu, sumindo na penumbra com o outro soldado. O rapaz apertou o ferimento tentando desesperadamente acabar com a dor fulminante, um súbito medo de morrer passou por sua mente, cada minuto que passava parecia uma eternidade. Finalmente Ansur apareceu montado em uma figura bem peculiar, era um grifo. Inu só havia visto uma criatura tão magnífica desenhada nos antigos pergaminhos de seu país.
- Não tenha medo, meu amigo, com este companheiro aqui chegaremos amanhã bem em tempo para o almoço! – disse Ansur tentando acomodá-lo na montaria.
O grifo levantou vôo. Inu sentiu o ar gelado tocar seu rosto, estavam em uma velocidade incrível, ele fechou os olhos e tentou recordar o motivo de ter sido abandonado por seus irmãos no templo do oráculo. Seu peito doía muito, porém uma imensa ansiedade tomou seu espírito ao se lembrar – em meio às últimas horas que passou com Ansur – que estava indo diretamente para o castelo onde morava seu verdadeiro inimigo. Um sorriso sarcástico e satisfeito tomou conta do rosto pálido de Inu.

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Ao chegar no castelo, Inu foi carregado pelos soldados do pátio até um aposento onde havia uma mesa de madeira limpa  e coberta por um grosso pano branco.
Calabar observava o ferimento de Inu enquanto seus aprendizes retiravam as vestes superiores do cavaleiro. O rei dos dragões ungiu a ferida com uma se suas poções, então colocou sua mão esquerda sobre o machucado e proferiu um encantamento tão poderoso que seus dois discípulos sentiram-se nauseados por alguns instantes. O líquido pastoso começou a borbulhar como óleo fervente, Inu se contorceu até ficar inconsciente devido a dor insuportável.
Quando Calabar terminou o encantamento fez-se um silêncio mortal, o mago olhou desconfiado para o rapaz, deu dois passos para trás, contornou a mesa e disse para seus pupilos:
- Cubram o corte com bandagens limpas, amanhã de manhã ele estará bem melhor.
“Só então poderei observar se agi corretamente ao salvar a vida desta criatura” – pensou o mago com certa apreensão.
No lado de fora do aposento Arien e Ansur esperavam impacientemente por notícias.
-              Uma noite de sono e descanso é tudo o que ele precisa para se levantar tão bem quanto antes deste infortúnio. – disse Calabar aos dois.

Não sei se vai continuar...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Inu Kurai - parte 1

Essa tem continuação, mas fica pra semana que vem hohohoho...


Seis meses havia se passado após a Guerra Escura. Ansur continuava alternando suas noites entre a falta de sono e terríveis pesadelos nos quais Elion retornava dos mortos acusando-o por sua morte, toda esta angústia dilacerava os ânimos do cavaleiro.
Certo dia, cansado de esperar pelo fim dos pesadelos o cavaleiro decidiu procurar as sacerdotisas da Deusa Lenan[1] que viviam em um oráculo secreto localizado entre a Zona Morta e as ruínas da Cidade Antiga. Ao saber da jornada, Arien correu até o pátio do castelo onde Ansur se preparava para partir.
- Não aprovarei sua viagem inoportuna e absurda! Paralta necessita de você. Se os pesadelos são seus problemas basta que você fale com Hanú e ele lhe dará uma poção para dormir e sonhar com coisas boas.
- Minha busca não inclui apenas o término de algumas lembranças ruins. Procuro um pouco de solidão, preciso encontrar minha verdadeira razão de ser. Matei um homem honrado e causei a desgraça de sua imagem. – disse Ansur sem olhar nos olhos da rainha
- Aquele homem que você matou jamais foi Elion, era algo ruim e sem alma que Gorth manipulava a seu favor. – exaltou-se Arien.
- Isso não muda o fato de que ele nunca mais retornará para casa, nem para você.
As palavras do cavaleiro atingiram Arien como uma rajada de flechas, por alguns segundos a rainha sentiu o gosto amargo da ira, mas - em um esforço incomum para esconder seus sentimentos - recobrou a serenidade habitual, voltou-se para o rapaz e disse:
- Se procura paz de espírito não serei eu a impedir-lhe de buscá-la, porém peço que não parta sem que antes eu lhe dê alguns itens para a viagem.
A feiticeira encaminhou Ansur até um aposento trancado com um cadeado grande e adornado com delicadas flores prateadas, dentro do quarto havia inúmeros artefatos das mais variadas formas: um jarro-elefante modelado em barro e adornado com ouro cuja alça era a tomba, varinhas mágicas de todos os tamanhos, potes com poções e pós mágicos, estátuas (a que mais chamou a atenção de Ansur foi a que representava uma criatura meio homem meio falcão), esqueletos de criaturas lendárias, garrafas coloridas contendo líquidos com propriedades mágicas, livros antiqüíssimos que datavam de muitos séculos atrás, etc.
Arien abriu um dos incontáveis baús espalhados pelo local, dentro dele ela retirou um punhal com cerca de vinte centímetros, no cabo havia desenhada uma fênix e, na lâmina, a seguinte inscrição “às cinzas não retornarás, sua eternidade me pertence”. A bruxa abriu outro baú e dele retirou uma pequena caixinha que cabia na palma da mão do cavaleiro, ela era coberta por um tecido vermelho com a estampa de pequenas nuvens douradas.
- Esta caixa foi feita por um mago que estudou as fraquezas dos demônios e gênios, ela pode aprisionar até três criaturas destas espécies de uma vez. Para tanto é só recitar o cântico escrito no lado oposto à fechadura da caixa. – disse Arien
Ansur guardou os itens em sua bolsa, abraçou Arien, beijou-lhe a face como um garotinho que acabara de ganhar um doce, exibiu seu característico sorriso no canto da boca e disse enquanto saía do aposento:
- Guarde um pedaço de bolo da festa do Bardo Geis[2], e diga a sua irmã que comeremos juntos depois que eu voltar!
A rainha sorriu e balançou a cabeça imaginando os disparates que Kayna diria ao ouvir essa frase.


[1] Deusa Lenan: conhecida em Azarak como “aquela que vê o mundo real e por debaixo do véu do destino”, suas sacerdotisas são famosas por curar as dores do espírito humano.
[2] Bardo Géis: homem santo que cantava o amor, suas músicas eram capazes de fazer os casais se apaixonarem O casal que, na festa do Bardo Géis, comer o mesmo pedaço de bolo ficará junto para sempre.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Esqueci o nome da história

Tá, tá dessa vez vou me superar hein! Bom às explicações de costume...
Os personagens aqui descritos fazem parte de três universos diferentes, o primeiro da série de mangás/animê Naruto que pertence ao tio Masashi Kishimoto e não a mim (infelizmente), o segundo é a Toph descaradamente retirada do desenho animado AVATAR -  o Último dobrador de ar co-criada e produzida por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko na Nickelodeon Animation Studios, e por último e não menos importante, o personagem Nekomaru criado por Yago Rigorini (nosso mestre de RPG) e por euzinha ^.^ . Esta história é meramente para fins de diversão não visando lucro algum a menos que o Kishimoto resolva dividir o salário dele comigo (hahahaah)

Só algumas considerações antes da história:

Toph Bei Fong: gentilmente interpretada pela Nah-chan em nossos jogos conturbados, como ela é um clone da Toph original a personalidade da mesma permanece intacta;

Nekomaru: digamos que ele é um cara cuja personalidade se assemelha muito ao Garfield + o Dr. House. Eu não gostaria de fazer uma missão com ele, sinceramente...

Gaara: bom... é o mesmo de sempre (por enquanto sem mudança na personalidade).

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"Era de manhã quando Toph recebera a missão, ela mal havia tomado o café quando um mensageiro entregou-lhe o documento em braile com as instruções do que fazer.
- Credo, mais uma missão com o Nekomaru, que inferno... Naruto-san está de brincadeira comigo.
Trocou de roupa e arrumou a mochila deixando espaço para alguns souvernirs da viagem que teria de fazer até Suna. “Proteger o Kazekage, pra que? Ele não é o melhor ninja da aldeia? Deve ser um garoto mimado isso sim!” seu mau humor matinal só foi interrompido com o forte som da campainha.
- Já vai, já vai... – gritou – Gato estúpido... – resmungou em voz baixa.
Durante a viagem de oito horas em uma carroça, Toph tentava absorver todos os sons e aromas pelo caminho. O sol esquentava-lhe o rosto e isso era bom. “Adoro essa cidade... sol, ar seco e muita areia” pensou animando-se. A cidade cheirava à flores e havia um clima gostoso de festa no ar.
- O que está acontecendo Neko-chan? – perguntou
- Parece que eles estão preparando um festival, tem guirlandas de flores por todos os lados... está realmente muito bonita– respondeu Nekomaru com certa pena da garota cega.
Ao chegar no prédio central a dupla se encaminhou para o escritório do Kazekage. Nekomaru foi o primeiro a entrar seguido de Toph.
- Sejam bem vindos. – disse uma voz rouca e grave
Toph sentiu um arrepio percorrendo-lhe a espinha, ela não enxergava, mas podia sentir que ele a olhava firmemente, isso a deixou encabulada.
- Eu sou Nekomaru e esta é Toph Bei Fong. A anã aqui é cega, mas pode enxergar mais do que você imagina.
- E eu não duvido... eu não duvido... – respondeu o Kazekage.
Era a primeira vez que alguém não duvidava da capacidade dela. Ele se aproximou um pouco mais, o cheiro de Mirra alcançou o nariz apurado da garota.
- Muito prazer, podem me chamar de Gaara.
Rapidamente Toph sentiu seu rosto formigando e quente, era a primeira vez q alguém a deixava com tanta vergonha. “Você é doida mulher? Esse cara aí é um líder de aldeia, o que ele vai querer com uma garota doida como você???” ela se condenava.
- Bom, vamos ao trabalho, o que está acontecendo? – interrompeu Nekomaru
Ao término da frase uma estrondosa explosão levou pelos ares a janela do escritório. Por sorte ninguém havia se ferido.
- TOPH-CHAN LEVE-O DAQUI!!!! – gritou Nekomaru.
Toph segurou firme nas mãos do Kazekage e o arrastou escadaria abaixo. “Como será que ela enxerga?” – se perguntava o rapaz.

Eles correram até um jardim interno onde se ouvia apenas uma fonte pingando calmamente suas águas sobre belas esculturas de sereias.
- Aqui já está bom. – disse aquela voz grave e hipnotizadora. – Quase ninguém vem aqui...
- Quem está atrás de você? – perguntou Toph
- Meu falecido pai tinha um único grande objetivo: acabar com a minha vida já que eu carregava selado dentro de mim um demônio muito perigoso. Após sua morte alguns seguidores dele resolveram acabar seu trabalho mesmo sabendo que aquele monstro não está mais dentro de mim. Eles me culpam pela morte do Kazekage anterior. – havia frieza naquela voz ao contar a história.
- Que coisa terrível... – argumentou a garota cega
 - Não se preocupe, isso é passado... – rebateu Gaara sem nenhuma emoção.
Toph sentiu uma pontada no peito, a sensação que sentia era a de que mil borboletas voavam em seu estômago. “O que está acontecendo comigo?” – pensou desesperada.
- HEY VOCÊS DOIS! – gritou Nekomaru – Parem com esse namorico e venham aqui.
Os dois seguiram o Ninja em silêncio até um canto do jardim.
- Consegui deter um e a informação que arranquei dele é de que existem mais dois. – disse Nekomaru com seu ar sério de costume.
 (continua...)"

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu continuo odiando a Izumi!

Os personagens aqui citados são resultados de jogos de RPG baseados no universo do NARUTO de Masashi Kishimoto e, é claro, não visam lucro. Leiam e divirtam-se:

"Meu nome é Hatsuharu Kaguya tenho 13 anos, há um ano fui encontrado em um dos laboratórios do Orochimaru e trazido para Konoha, sou um clone do tal de Kimimaro -  na verdade eu sou a vigésima oitava tentativa de reviver o rapaz, e único a sobreviver aos testes médicos aos quais éramos obrigados a fazer quase que diariamente. Eu tive o privilégio de ser um dos poucos que não desenvolvera a terrível doença que matou o Kimimaro.
Por ter desenvolvido algumas habilidades especiais e pelo árduo treinamento ninja pelo qual fui submetido, o conselho de Konoha decidiu que eu poderia ser inscrito na escola ninja sem problemas.
Embora Kimimaro não seja sinônimo de boas lembranças a esta Vila, fui muito bem recebido e não sofro nenhum tipo de preconceito, o único problema que me deixa aborrecido é o dia 14 de fevereiro, eu vou contar o por que: meninas... não que seja ruim ter um monte de garotas afim de mim, mas no dia 14 de fevereiro elas ficam completamente possuídas, então começa o jogo de gato e rato “quem será a primeira a entregar um presente para o Haru”... droga, como eu odeio isso.
A história que vou contar começa em um dia 14 de fevereiro - dia de São Valentim – eu estava fugindo como sempre de uma multidão de garotas enlouquecidas (devia haver umas vinte meninas pulando, gritando e tentando tirar um pedaço de mim), foi quando eu avistei um corredor logo a frente, corri a toda velocidade e, quando virei me choquei com alguma coisa.
- Ai! Você não olha por onde anda? – disse a garota levantando e olhando para suas coisas espalhadas pelo chão.
Eu nem ouvi o que ela disse, segurei-a pelos braços e gritei:
- VOCÊ PRECISA ME TIRAR DAQUI!!!
Vi as bochechas da garota ficarem vermelhas e sua respiração prender.
A multidão se aproximava e meu desespero aumentava a cada grito espalhafatoso que ouvia. Foi quando a menina me empurrou para dentro de um armário e o fechou.
- ONDE ELE ESTÁ? – gritou a líder do bando.
- D-de q-q-quem você es...tá falando? – respondeu a menina
- Deixa pra lá, você é tapada mesmo Izumi, vê se acorda! – respondeu uma garota com cabelos vermelhos. – Vamos meninas, ele deve ter ido para o doujô do Lee sensei...
Quando a multidão se foi, a porta do armário abriu bem devagar.
- P... pode sair.
Saí daquele lugar abafado arrumando o cabelo, ao olhar melhor para a garota percebi que ela tinha os olhos característicos do clã Hyuuga.
- Muito obrigado... Izumi, não é?
Ela ficou ainda mais vermelha, concordou com a cabeça e começou a pegar suas coisas que ainda estavam no chão.
- Deixa que eu ajudo! – peguei dois livros e uma caixinha azul com um laço branco em cima. Enquanto entregava o embrulho para ela, não agüentei e perguntei:
- Isto é pra mim? – sem querer parecer arrogante, mas a maioria dos presentes do dia de São Valentim eram destinados a mim naquela escola, nem preciso dizer que eu era odiado pelos outros garotos por isso...
Ela balançou a cabeça repetidamente:
- N-n-não... desculpe – suas bochechas ficavam cada vez mais vermelhas. “kawaii – pensei - quem será o sortudo que vai ganhar esse embrulhinho azul”.
Ela correu até a porta e saiu deixando somente seu perfume doce. Fiquei ali parado esperando que ela voltasse e invejando o garoto que iria ganhar o presente dela.
- Haru! Seu puto por onde você andou? – gritava Ayame tirando-me do meu devaneio.
- Ayame, olha o nível da conversa, por favor. – ralhou Aiko com sua polidez habitual.
Voltei minha atenção aos dois e saímos pela mesma porta que vi Izumi pela última vez.
- Então... vai ter festa do chocolate lá na sua casa mais tarde? – perguntou Ayame assim que saímos.
- Acho um absurdo você comer os doces que estas meninas fizeram para o Haru. –  rebateu Aiko.
- Tudo bem Aiko, eu não vou comer mesmo... nem gosto desses exageros com açúcar. – eu disse acabando com a discussão e olhando para os lados para ver se ainda conseguia achar a Hyuuga. Lá estava ela indo à direção da saída da escola, seu cabelo negro e comprido dançava ao vento.
Ao passar perto de uma lixeira ela estendeu a mão, jogou o embrulhinho azul no fundo do saco de lixo e continuou seu caminho sem nem mesmo olhar para trás.
Caminhamos até passar pela lixeira e lá estava o pacotinho jogado no lixo, olhei para ele e fiquei curioso para saber o destinatário.
- ALÔÔ, Haru! Tem alguém aí? – perguntou Ayame cutucando minha cabeça.
- Er... vão indo na frente, eu encontro vocês dois lá em casa... – esperei que os dois saíssem pelo portão e corri de volta para a lixeira a fim de sanar minha curiosidade.
Hatsuharu” – estava escrito – “Era para mim” pensei orgulhoso quando li meu nome atrás do embrulho, confesso que meu ego estava maior que a extensão do país do fogo. “Mas por que então ela jogou fora? Por que não me entregou?” minha curiosidade estava atingindo seu nível máximo, embora não fizesse parte do meu feitio ser bisbilhoteiro. Corri para casa.
Quanto cheguei eu já imaginava encontrar a porta abarrotada de presentes e chocolates, desviei de todos e entrei com meu pequeno tesouro azul nas mãos.
- Então vai começar por este, meio pequenininho não? – disse Ayame já comendo um bolo com morangos. Na mesa do centro mais um monte de pacotes, todos abertos e semi devorados pelo Ayame, até Aiko estava comendo.
- Hohohoh, este é especial não é Haru-kun? – disse Aiko com seu olhar de sarcasmo.
- Comam tudo isso e me deixem em paz. – respondi tentando ignorar que Aiko estava certo. Entrei no quarto para não ser perturbado.
No dia seguinte não a vi na entrada da escola, nem no intervalo. Na hora da saída esperei por ela sentado no muro que beirava o portão. Quase todo mundo já havia saído, minhas esperanças já estavam por acabar quando a vi descendo as escadas. Ela sorria enquanto conversava com uma amiga. “kawaiii” - pensei novamente.
Ao se aproximar de mim ela baixou a cabeça e olhou pra baixo.
- Izumi, posso falar com você? – perguntei.
A amiguinha dela deu uma risadinha e despediu-se de nós. A vermelhidão habitual voltou a seu rosto.
- P-pode dizer. – respondeu ainda olhando para baixo.
- Obrigado, adoro Dorayaki.
Ela olhou para mim com os olhos arregalados:
- M-m-mas... – seu rosto todo ficou vermelho.
- Como você sabia que eu não gostava de chocolate? – perguntei tentando quebrar o silêncio e a falta de respiração da menina.
- E-e-eu... no lixo... eu... – ela olhava para a lixeira.
- É, eu peguei, tinha o meu nome nele... não existe nenhum outro Hatsuharu por aqui, não é mesmo?
Ela se reclinou e disse:
- Me desculpe, eu não pretendia... eu... eu não queria amolar você.
- Izu-chan...
- Hi...
- Posso te acompanhar até sua casa? – perguntei sentindo que agora as minhas bochechas é que estavam ardendo de vergonha
- Hi... – respondeu baixinho a Hyuuga com seus grandes olhos perolados voltados para mim, talvez ela não estivesse acreditando no que estava acontecendo, para falar a verdade nem eu estava..."

I'm BACK

Uiaaa eu aqui novamente! Desculpem andar sumida mas o "Martelo" teve de fechar por alguns dias para eu me dedicar a exposição do Atelie Acropolis - Studio de Arte e Escola de Mangá... mas enfim estou de volta e pretendo postar mais algumas coisas maneiras para vocês...

domingo, 14 de novembro de 2010

“Errando a mira, acertando no alvo”

O personagem Itachi, bem como Konoha etc pertence a série "Naruto" de Masashi Kishimoto e os demais participantes da história foram criados pelo meu otouto-san Yago... divirtam-se com a leitura...


Era um dia entediante como todos os outros, minha carga horária de missões estava completa e a onda de paz que perdurava semanas já estava me enchendo o saco. Sentei-me a sombra de uma árvore a fim de tentar ler um livro maçante sobre linguagem corporal. Estava calor e isso me deixava desconfortável, fechei a droga do livro e percebi que, a uns cinco metros um grupo de garotas olhava pra mim e ficavam encabuladas. “Isso já está ficando chato” pensei comigo mesmo. Levantei sem dar bola para meu fã-clube e me dirigi até o portão das dependências do Clã Uchiha, ao entrar eis que sou recebido por uma bola em alta velocidade vindo em minha direção, sorte minha ser rápido.
- Poxa, que pegada! Pode me devolver tio? – disse um rapazinho de aproximadamente 08 anos.
Eu poderia ter furado aquela praga de bola, mas ainda estava de bom humor. Arremessei a bola com força, mas errei na medida e ela passou por cima da cabeça do garoto indo de encontro com uma moça que passava por ali carregando uma pilha de papéis.
Os papéis caíam de forma lenta enquanto a menina e a bola jaziam no chão. Corri até ela e a levantei – como era leve. Ela tocou a cabeça procurando um machucado e, em seguida, me empurrou com toda força:
- Você não se enxerga não? Quem você pensa que é? - disse a plenos pulmões.
As pessoas na rua paravam e olhavam para a garota com um ar de reprovação, ela realmente não sabia com quem estava falando. Enquanto aquela doida praguejava eu olhava ao redor para ver se achava o garotinho responsável por aquela confusão.
- Escuta aqui, não vai recolher meus papéis?- ela me olhava com raiva.
Um sorriso inesperado surgiu em minha boca. Senti um burburinho entre as pessoas em minha volta. Abaixei e comecei a recolher os papéis, eram desenhos feitos em tons de sépia: animais, paisagens e estudos de músculos do corpo humano.
- Desculpe. – eu disse entregando-lhe os papéis. Ela tomou os desenhos de minha mão e os colocou com delicadeza de volta na pilha de papéis que não havia se desfeito por completo. Um dos desenhos havia sido amassado pelo impacto da bola, ela abaixou devagar, apoiou a pilha no chão e começou a passar suas pequenas mãos sobre a figura de um casal sorridente ali retratado. Seu ritual particular foi interrompido pelos berros de um maluco que atravessava a rua rapidamente:
- Jovem Mestre! Jovem Mestre! Você está bem? – perguntou Nobu, um de nossos empregados que passava por ali e não presenciara minha burrice. Ele falava sem parar, mas eu estava mesmo interessado era em observar aquela garota estranha na minha frente.
Ela recolheu a pilha de papéis, levantou-se com um ar petulante, arrancou Nobu da minha frente, apontou o dedo para mim e disse:
- Você estragou meu desenho! – seus olhos castanhos se encheram de lágrimas, e eu até então não entendia o porquê.
- IMOTO! IMOTO! – um garoto de aproximadamente 10 anos correu até a moça puxando-a pelo braço - IMOTO!
Ele olhou triste para o desenho e disse:
- Você amassou o papai e a mamãe! – quando o garoto percebeu que eu estava ali sua boa abriu em sinal de espanto. – Uau! Itachi Uchiha, é você mesmo? Uaaaau! – seus olhos brilhavam em admiração. – Todos falam de você! Quantos anos você tem? Qual foi sua missão favorita? Qual o nome do seu pai e da sua mãe...
- KEYGO! – interrompeu a garota.
- Não liga pra minha irmã, nossa madrasta diz que ela precisa se casar antes de virar uma velha rabugenta, se bem que eu já acho ela velha e rabugenta...
-KEYGO!!! – gritou mais alto a moça corada de vergonha.
Ela segurou firme o braço do irmão, me olhou com raiva novamente como se meu nome não significasse nada e virou as costas arrastando o irmão por entre os curiosos que presenciavam nossa discussão.
As pessoas se dispersaram e eu dispensei Nobu. Voltei meu olhar para a rua onde Imoto e seu irmão havia se dirigido. Um outro sorriso inesperado saltou em meu rosto, o perfume dela continuava no ar, senti uma vontade incontrolável de segui-los, mas o livro chato de linguagem corporal chamava por mim.

“A gente ainda vai se esbarrar novamente... Imoto dos desenhos”

domingo, 7 de novembro de 2010

Naquela manhã o sol havia nascido quente e o céu não apresentava nenhuma nuvem, apenas um azul muito claro e convidativo, no jardim, por entre as plantas e o leve vento que começara a soprar, podia-se ouvir o som do rio que nascia junto à fundação do castelo de Paralta, suas águas desciam montanha abaixo seguindo por encanamentos naturais de água congelada e corria por toda Azarak saciando a sede de todas as criaturas que dela precisasse. Esta mesma água jorrava da grande fonte que adornava a frente do Castelo das Nuvens, os cinco dragões entalhados em uma única peça de pedra mágica branca pareciam espantar todos os males que o mundo abaixo da montanha reservava ao povo que nascia em Paralta. A cidade estava silenciosa, alguns poucos habitantes montavam suas barraquinhas na famosa feira do “tudo se acha”, mesmo assim, seus movimentos eram os mais leves possíveis, as ruas estavam mudas, até os pássaros pareciam economizar seus gorjeios.
No castelo, Arien apoiava-se no peitoral da sacada  tentando observar as sílfides brincando por entre as rosas, o dia estava perfeito, ela podia sentir o cheiro de bolo de mel e maçã sendo servido ainda quente no grande salão abaixo de seus pés, mas ainda não era a hora de descer, todo este silêncio só podia significar uma coisa. Escolheu os adornos mais belos que tinha e os vestiu, seu sorriso denunciava a ansiedade que sentia.
- Majestade, o desjejum está servido... - disse um dos empregados.
- Obrigada Alderan, mas terei mais convidados esta manhã, esperarei por eles. – respondeu Arien. – Ordene que abram os portões do castelo, descerei agora para recebê-los.

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Ao saírem da caverna da luz, os viajantes se depararam com a visão magnífica da cidade de Paralta, construída sobre a mais alta montanha de Azarak, as torres do castelo eram tão altas que quase sumiam por entre as nuvens.
- Sempre que entro nesta cidade ela me parece mais tranqüila e irreal. – adiantou-se Kayna pensativa. – Nunca vou me acostumar com este lugar.
- Isso porque nasceu aqui, hahaha! – comentou Aglar rindo e mostrando seus grandes dentes de dragão azul. – Espero que as pessoas corram logo e me deixem em paz, odeio quando ficam implorando para que eu não os coma. Três metros de altura não são nada se comparados ao meu avô de dez!
- Todas as criaturas são bem vindas em Paralta, grandioso Aglar. Desde um pequeno silfo até um enorme Troll– disse Elion tomando a frente do grupo montado em um belo exemplar de unicórnio negro, com cascos de prata e crina azul. O rei olhou para o céu, para o castelo e para a rua principal que o levaria até sua vida tranqüila que enfim merecia, “Estou em casa!” suspirou aliviado.

E é isto...

Estamos aqui novamente meus filhos...  Sejam bem vindos ao MARTELO DA OGRA uma taverna simples mas bem acolhedora, sintam-se a vontade para conversar e ouvir as histórias desta velha Ogra animada por ter seu espaço restaurado... Não reparem minha cara de má, seremos bons amigos...