quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu continuo odiando a Izumi!

Os personagens aqui citados são resultados de jogos de RPG baseados no universo do NARUTO de Masashi Kishimoto e, é claro, não visam lucro. Leiam e divirtam-se:

"Meu nome é Hatsuharu Kaguya tenho 13 anos, há um ano fui encontrado em um dos laboratórios do Orochimaru e trazido para Konoha, sou um clone do tal de Kimimaro -  na verdade eu sou a vigésima oitava tentativa de reviver o rapaz, e único a sobreviver aos testes médicos aos quais éramos obrigados a fazer quase que diariamente. Eu tive o privilégio de ser um dos poucos que não desenvolvera a terrível doença que matou o Kimimaro.
Por ter desenvolvido algumas habilidades especiais e pelo árduo treinamento ninja pelo qual fui submetido, o conselho de Konoha decidiu que eu poderia ser inscrito na escola ninja sem problemas.
Embora Kimimaro não seja sinônimo de boas lembranças a esta Vila, fui muito bem recebido e não sofro nenhum tipo de preconceito, o único problema que me deixa aborrecido é o dia 14 de fevereiro, eu vou contar o por que: meninas... não que seja ruim ter um monte de garotas afim de mim, mas no dia 14 de fevereiro elas ficam completamente possuídas, então começa o jogo de gato e rato “quem será a primeira a entregar um presente para o Haru”... droga, como eu odeio isso.
A história que vou contar começa em um dia 14 de fevereiro - dia de São Valentim – eu estava fugindo como sempre de uma multidão de garotas enlouquecidas (devia haver umas vinte meninas pulando, gritando e tentando tirar um pedaço de mim), foi quando eu avistei um corredor logo a frente, corri a toda velocidade e, quando virei me choquei com alguma coisa.
- Ai! Você não olha por onde anda? – disse a garota levantando e olhando para suas coisas espalhadas pelo chão.
Eu nem ouvi o que ela disse, segurei-a pelos braços e gritei:
- VOCÊ PRECISA ME TIRAR DAQUI!!!
Vi as bochechas da garota ficarem vermelhas e sua respiração prender.
A multidão se aproximava e meu desespero aumentava a cada grito espalhafatoso que ouvia. Foi quando a menina me empurrou para dentro de um armário e o fechou.
- ONDE ELE ESTÁ? – gritou a líder do bando.
- D-de q-q-quem você es...tá falando? – respondeu a menina
- Deixa pra lá, você é tapada mesmo Izumi, vê se acorda! – respondeu uma garota com cabelos vermelhos. – Vamos meninas, ele deve ter ido para o doujô do Lee sensei...
Quando a multidão se foi, a porta do armário abriu bem devagar.
- P... pode sair.
Saí daquele lugar abafado arrumando o cabelo, ao olhar melhor para a garota percebi que ela tinha os olhos característicos do clã Hyuuga.
- Muito obrigado... Izumi, não é?
Ela ficou ainda mais vermelha, concordou com a cabeça e começou a pegar suas coisas que ainda estavam no chão.
- Deixa que eu ajudo! – peguei dois livros e uma caixinha azul com um laço branco em cima. Enquanto entregava o embrulho para ela, não agüentei e perguntei:
- Isto é pra mim? – sem querer parecer arrogante, mas a maioria dos presentes do dia de São Valentim eram destinados a mim naquela escola, nem preciso dizer que eu era odiado pelos outros garotos por isso...
Ela balançou a cabeça repetidamente:
- N-n-não... desculpe – suas bochechas ficavam cada vez mais vermelhas. “kawaii – pensei - quem será o sortudo que vai ganhar esse embrulhinho azul”.
Ela correu até a porta e saiu deixando somente seu perfume doce. Fiquei ali parado esperando que ela voltasse e invejando o garoto que iria ganhar o presente dela.
- Haru! Seu puto por onde você andou? – gritava Ayame tirando-me do meu devaneio.
- Ayame, olha o nível da conversa, por favor. – ralhou Aiko com sua polidez habitual.
Voltei minha atenção aos dois e saímos pela mesma porta que vi Izumi pela última vez.
- Então... vai ter festa do chocolate lá na sua casa mais tarde? – perguntou Ayame assim que saímos.
- Acho um absurdo você comer os doces que estas meninas fizeram para o Haru. –  rebateu Aiko.
- Tudo bem Aiko, eu não vou comer mesmo... nem gosto desses exageros com açúcar. – eu disse acabando com a discussão e olhando para os lados para ver se ainda conseguia achar a Hyuuga. Lá estava ela indo à direção da saída da escola, seu cabelo negro e comprido dançava ao vento.
Ao passar perto de uma lixeira ela estendeu a mão, jogou o embrulhinho azul no fundo do saco de lixo e continuou seu caminho sem nem mesmo olhar para trás.
Caminhamos até passar pela lixeira e lá estava o pacotinho jogado no lixo, olhei para ele e fiquei curioso para saber o destinatário.
- ALÔÔ, Haru! Tem alguém aí? – perguntou Ayame cutucando minha cabeça.
- Er... vão indo na frente, eu encontro vocês dois lá em casa... – esperei que os dois saíssem pelo portão e corri de volta para a lixeira a fim de sanar minha curiosidade.
Hatsuharu” – estava escrito – “Era para mim” pensei orgulhoso quando li meu nome atrás do embrulho, confesso que meu ego estava maior que a extensão do país do fogo. “Mas por que então ela jogou fora? Por que não me entregou?” minha curiosidade estava atingindo seu nível máximo, embora não fizesse parte do meu feitio ser bisbilhoteiro. Corri para casa.
Quanto cheguei eu já imaginava encontrar a porta abarrotada de presentes e chocolates, desviei de todos e entrei com meu pequeno tesouro azul nas mãos.
- Então vai começar por este, meio pequenininho não? – disse Ayame já comendo um bolo com morangos. Na mesa do centro mais um monte de pacotes, todos abertos e semi devorados pelo Ayame, até Aiko estava comendo.
- Hohohoh, este é especial não é Haru-kun? – disse Aiko com seu olhar de sarcasmo.
- Comam tudo isso e me deixem em paz. – respondi tentando ignorar que Aiko estava certo. Entrei no quarto para não ser perturbado.
No dia seguinte não a vi na entrada da escola, nem no intervalo. Na hora da saída esperei por ela sentado no muro que beirava o portão. Quase todo mundo já havia saído, minhas esperanças já estavam por acabar quando a vi descendo as escadas. Ela sorria enquanto conversava com uma amiga. “kawaiii” - pensei novamente.
Ao se aproximar de mim ela baixou a cabeça e olhou pra baixo.
- Izumi, posso falar com você? – perguntei.
A amiguinha dela deu uma risadinha e despediu-se de nós. A vermelhidão habitual voltou a seu rosto.
- P-pode dizer. – respondeu ainda olhando para baixo.
- Obrigado, adoro Dorayaki.
Ela olhou para mim com os olhos arregalados:
- M-m-mas... – seu rosto todo ficou vermelho.
- Como você sabia que eu não gostava de chocolate? – perguntei tentando quebrar o silêncio e a falta de respiração da menina.
- E-e-eu... no lixo... eu... – ela olhava para a lixeira.
- É, eu peguei, tinha o meu nome nele... não existe nenhum outro Hatsuharu por aqui, não é mesmo?
Ela se reclinou e disse:
- Me desculpe, eu não pretendia... eu... eu não queria amolar você.
- Izu-chan...
- Hi...
- Posso te acompanhar até sua casa? – perguntei sentindo que agora as minhas bochechas é que estavam ardendo de vergonha
- Hi... – respondeu baixinho a Hyuuga com seus grandes olhos perolados voltados para mim, talvez ela não estivesse acreditando no que estava acontecendo, para falar a verdade nem eu estava..."

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